MÃE QUININHA
Joaquina Clementina Dantas nasceu
em 16 de agosto de 1883, nas Oiticicas, fazenda de seus pais, Enedina Maria de
Sant’Anna e José Calazâncio Dantas, o coronel Bembém.
Ali, no Caicó de todos nós, casou
com o professor Pedro Gurgel do Amaral e Oliveira e passou a assinar-se
Joaquina Dantas Gurgel.
A mãe de Zózimo, Sinhazinha,
Clotário, Polísia e Walfredo é também mãe do povo de Caicó, é a nossa Mãe
Quininha.
Foram suas as mãos que apanharam
muitos caicoenses, durante mais de cinco décadas.
Seu nome alcança o coração das
novas gerações do Caicó não sobretudo porque um de seus filhos foi Governador
do Estado do Rio Grande do Norte, mas porque realizou generosamente sua missão
de parteira.
Viúva aos 34 anos, trabalhou
incansavelmente para não depender de seus pais e nunca cobrou absolutamente
nada por nenhum parto.
A cada parturiente atendia com o
mesmo desvelo e abnegada solicitude, independentemente das condições sociais do
lar para o qual se dirigisse, a qualquer hora do dia e da noite.
Os que não tivemos o privilégio de
ser apanhados por ela, pelo menos temos seu nome constando em nossos registros,
batizando a maternidade onde fomos dados à luz.
Forte como nossas pedras,
doce como nossas frutas,
quando enverga, nunca quebra,
na fé nunca fez permutas,
boa como os bons invernos,
vencedora nas labutas,
sem paixões nem violências
nas políticas disputas,
bordadeira de excelência,
mulher de benevolência,
grande em todas as condutas.
Natal, 08/03/18
FONTE – BLOG BAR DO FERREIRINHA
Nenhum comentário:
Postar um comentário